Identidade
 

Missão

Misericórdia ou Santa Casa, é no mais genuíno sentido das palavras, a casa ou o espaço comum onde todos e cada um podem dar e receber, consoante as suas possibilidades ou necessidades

Padre Vítor Melícias

As Misericórdias inspiram-se nos trabalhos de humanistas como Isabel de Aragão, Leonor de Lencastre, Miguel de Contreras, Braz Cubas, José de Ancchieta, António Vieira, Cláudio Luiz da Costa e Martins Fontes. As nossas práticas relevam a utilização da extrema tecnicidade, valorizando o humanismo. A nossa Missão é promover as 14 obras de Misericórdia adaptando-as à atualidade e à realidade da Sociedade Portuguesa em geral, e do Concelho da Moita em particular, através do exercício da Acão Social, Saúde e Educação.

Defendemos, ao mesmo tempo, o nosso legado histórico e a abertura à sociedade, através do princípio de autonomia Cooperante das Misericórdias entre si e em relação ao estado e demais Instituições da Sociedade Civil, obrigando-nos ao exercício da modernização. Procuramos assim, adaptar os recursos disponíveis ao mesmo tempo que lutamos por encontrar soluções para os problemas que se nos deparam.

Visão

O Cumprimento da Missão da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, vincula os seus responsáveis a assegurar e cumprir:
. O respeito pela herança histórica e pela específica identidade e Missão da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros;
. Determinação para enfrentar os desafios do futuro pela defesa da atualidade da Obra das Misericórdias, pelo reconhecimento da capacidade e potencial da nossa Misericórdia e pela oportunidade da sua Missão;
. O Princípio da Autonomia Cooperante, quer das Misericórdias entre si, quer em relação ao Estado, quer às demais instituições da Sociedade Civil.
. O Princípio da Cooperação com o Estado, a Sociedade e as suas Instituições em geral, e com as outras Misericórdias, designadamente as outras Uniões, e organizações do Sector Social em particular.
. Modernização e adequada profissionalização dos Estabelecimentos e serviços da SCMAV, cuja intervenção se situa nos âmbitos da Acão Social, Educação e Saúde, de forma a assegurar uma rede de apoios de qualidade, que mereçam a confiança dos cidadãos, e contribuam para o desenvolvimento da comunidade.

Valores

A ação desenvolvida por esta Instituição, perde-se no fundo dos tempos. A dinâmica subjacente ao espírito para que foi criada em 1500 sofreu até hoje inúmeras alterações, provocadas na sua maioria por mudanças nos contextos sociais e culturais.

A luta pelo desenvolvimento que caracteriza a sociedade em que nos inserimos hoje é um facto, no entanto os desníveis sociais são de tal forma agudos que, tal como em 1500, podemos observar fenómenos que ainda reduzem os humanos a estados de grande sofrimento. No entanto há uma marca que uma vez deixada, permanece. Falamos da necessidade de procurar o sentido do exercício da Misericórdia.

Esta realidade tem sido o motor da necessidade de continuar as 14 obras da Misericórdia, que passamos a discriminar:

Obras Corporais:
Dar de comer a quem tem fome
Dar de beber a quem tem sede
Vestir os nus
Dar pousada aos peregrinos
Assistir aos enfermos
Visitar os presos
Enterrar os mortos

Obras Espirituais:
Dar bom conselho
Ensinar os ignorantes
Corrigir os que erram
Consolar os tristes
Perdoar as injúrias
Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
Rogar a Deus por vivos e defuntos

Apesar das vicissitudes, as Obras da Misericórdia continuaram, com altos e baixos, durante cinco séculos: “no seu conjunto as Santas Casas de Portugal são responsáveis pelo bem-estar corporal e espiritual de muitos milhares de crianças, jovens e idosos que se acolhem nos seus Estabelecimentos…”. No entanto, a ação realizada por cada uma das Instituições é ditada por um conjunto de normas e estratégias que, se bem que vão beber às antigas orientações, têm total autonomia para se afirmarem.

No nosso caso, a reflexão sobre o significado da prática das 14 obras e do seu ajustamento aos tempos de hoje, impeliu-nos para um conjunto de dinâmicas, que não obstante as dificuldades, nos conduziu a uma obra que constitui para todos nós motivo de grande orgulho e nos vincula ao mesmo tempo que obriga, a fazê-la crescer, através das suas respostas sociais e das pessoas que constituem as suas equipas de trabalho, orientando a sua ação por valores como:

Responsabilidade Social;
Humanismo e valorização do ser humano;
Preservação ambiental;
Cidadania;
Criatividade;
Solidariedade;
Cooperação e Pioneirismo na prestação de serviços.